Boa noite músicos de São Carlos.
Escrevo o relato da 4ª reunião da setorial da música
realizada no dia 05/06/2012 no Instituto Cultural Janela Aberta às 19h.
Estiveram presentes: Luciano Matuck, Wendy Palo, Murilo
Deriggi, Paola Arab, Lucas Ferreira, Ricardo Rodrigues, Maithe Bertolini, Rita
Fajardo, Alex Tomé e Kárcio Ricardo.
Na pauta foram discutidas questões relativas à montagem de
uma cooperativa ou associação, continuação das ideias desenvolvidas em reuniões
anteriores por causa da falta de espaço para os músicos aqui da cidade.
Participaram dessa discussão Rita Fajardo, coordenadora do
Departamento de Apoio à Economia Solidária (DAES), da Pref. de São Carlos e
Wendy Palo, do Instituto Cultural Janela Aberta.
Dessa forma a reunião foi dividida em duas partes. A
primeira com a Wendy explicando e nos mostrando uma pequena apostila onde era
possível visualizar as diferenças entre as duas formas de organização.
Ela começou a conversa explicando sobre o estatuto do
Instituto Cultural Janela Aberta e também sobre o apoio à formalização de
grupos artísticos.
De acordo com a Wendy, para os músicos, só essas duas formas
de organização seriam possíveis para que pudéssemos nos formalizar. No caso da
cooperativa o objetivo dela seria econômico por causa da remuneração de seus membros
e o uso do dinheiro de forma particular, enquanto que na associação os
objetivos seriam mais ligados ao fortalecimento político da classe, e todo
dinheiro ganhado deveria ser revertido para a própria associação.
No caso da formação de uma associação é possível começá-la
com apenas 6 membros enquanto que na cooperativa isso só é possível com pelo
menos 20 pessoas.
A experiência da Wendy foi mais ligada à formação e apoio à
outras associações devido à própria forma de organização do Janela Aberta que
também é uma associação, portanto suas experiência em relação à formação de
cooperativas foi menos extensa. A associação nesse caso pode ser muito útil
pelo fato de prover utilidades como:
- Emissão de nota fiscal
(contratação pelo SESC, SESI, prefeituras);
- Inscrição em editais
públicos;
- Convênios para ocupação de
espaços;
- Assessoria jurídica em
situações relativas à problemas com a carteira da OMB.
Nesse caso os músicos ficam com mais segurança, pois tem
onde recorrer em caso de problemas burocráticos e se precisar de uma
organização que o represente.
Aqui vai o link da apostila elaborada pelo Janela Aberta
esclarecendo dúvidas entre associação e cooperativa:
Na segunda parte da reunião Rita Fajardo, coordenadora do
Departamento de Apoio à Economia Solidária (DAES), da Pref. de São Carlos
explicou resumidamente sobre a sua atuação e como funciona o Departamento de
Apoio à Economia Solidária. Na área cultural existem projetos de economia
solidária como o Janela Aberta, a Casa Fora do Eixo, o Aparelho Coletivo e
várias organizações ligadas ao artesanato.
Um assunto muito importante que está sendo apoiado pelo DAES
é de que seja possível a construção de um estúdio público solidário no
município. Isso é possível porque os grupos Aparelho Coletivo e Casa Fora do
Eixo Sanca, antigos Massa Coletiva conseguiram em 2009 através da UFSCar um
Arranjo Produtivo Local (APL) que se concretizou na compra vários equipamentos
de áudio para gravação, sonorização, mixagem e masterização. Porém esse
contrato acabou e todos os equipamentos pertencem atualmente à UFSCar. Só que é
possível que esses equipamentos sejam doados pela UFSCar para a prefeitura,
para que seja montado o estúdio público.
O maior problema é que o local que a prefeitura dispõe para
a construção do estúdio (antigo IML dentro do Cemitério Municipal) já está em
vista para que seja um espaço para moagem de lâmpadas, projeto de um vereador em
tramitação na câmara. Todos sabem que a moagem de lâmpada, além de ser uma
atividade perigosa para quem trabalha nela, é altamente tóxica pois lida com o
vapor de mercúrio das lâmpadas fluorescentes.
Dessa forma é preciso que haja apoio da câmara setorial da
música para que seja feita uma carta (moção) endereçada ao Conselho Municipal
de Cultura para que seja redirecionada ao prefeito Oswaldo Barba mostrando a
necessidade da construção de um estúdio público na cidade, prática somente
realizada atualmente pela cidade de Suzano/SP em todo o Brasil.
Logo abaixo vai o projeto do estúdio público denominado “Instituto
de Música Livre” (IML):
Continuamos a reunião resolvendo uma pauta que o Alex havia deixado
para deliberar. A votação de nomes para compor a curadoria do VI Festival Rock
na Estação que será realizadono dia 28 de julho.
Votamos em uma pessoa para
cada estilo musical, dentro do rock, que o festival comtempla:
(Para mais
informações sobre o regulamento do festival acesse: http://rocknaestacao.blogspot.com)
- Stanley Canibal (apresentador
do programa CAOS da Rádio Capivara/UFSCar) – Estilo: Metal
- Marco Batalha
(apresentador do programa Ummagumma da Rádio UFSCar) – Estilo: Rock Clássico
- Paul Punk (baixista da
banda The Dead Rocks) – Estilo: Punk/Hardcore
- Gustavo Koshikumo
(produção de áudio na Rádio UFSCar) – Estilo: Alternativo
- Luciana Garavello
(guitarrista da banda X Raptor) – Estilo: Pop
De todas essas pessoas somente uma delas será a escolhida como
indicação da câmara setorial da música para compor a curadoria do festival.
Para finalizar discutimos também uma indicação para a compor
a grupo que irá participar da análise dos projetos culturais do edital do Fundo
Municipal de Cultura que acabou não sendo decidido na nossa última reunião.
Apesar do prazo ter encerrado no dia 24/05 deixamos aqui as nossas escolhas:
- Vitor Santana – cantor,
compositor e violonista. Além do trabalho como artista, Vitor é também
ativista da música de Minas Gerais, membro da SIM (Sociedade Independente
da Música) e do Fórum da Música de Minas Gerais, que realiza o Programa
Música Minas.
- Sérgio Yasbek – natural de
São Carlos e guitarrista da banda Cidade Negra.
Dessa forma encerramos a reunião por volta das 21h e em
breve marcaremos a data da próxima que ficará para o começo de julho.
Abraço a todos!
Luciano Matuck – conselheiro da setorial da música do CMCSC